segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

DOCUMENTÁRIO


Grupo de Dança
O documentário apresentado foi com deficientes do clube de paraplégico de São Paulo.

Presenciando a entrevista do pessoal da dança, percebi a alegria de dançar, vi lá no ensaio deles, que eles faziam espontaneamente, e tiveram a alegria de divulgar seu espetáculo cujo nome era: A RODA
Onde  tive a belíssima oportunidade de assistir esse espetáculo, muito bem trabalhado por todos inclusive pelos dançarinos e professores vi o cooperativismo no espetáculo todos ajudaram a construir o cenário, e os professores ajudavam com alguns passos na apresentação, pois tinham deficientes que sua limitação era nao se mover e nem falar. A apresentação tratou de temas como o samba e a cultura brasileira, a criação da roda.

Observa-se a luta que eles tem pra incluir os seus corpos na sociedade.
Para Rubem Alves, a luta pela vida do corpo passa pela transformação da sociedade. Assim diz: “não podemos nos esquecer de que o corpo do homem, é um corpo social. Esta é a razão porque não pode haver uma esperança de ressurreição do corpo sem a transformação da sociedade”. (Alves, 1980:180).
Percebemos nessas pessoas que seus hábitos e culturas é de acordo com a consciência pois seus corpos se projetam no mundo devido a consciência.
Merleau Ponty(1979:105) diz “a consciência se projeta no mundo físico e tem um corpo, assim como se projeta no mundo cultural e têm hábitos”.
Através da dança tiveram a consciência que seus corpos podia fazer um dos entrevistados diz:
Tango

Depois que comecei a dançar percebi que meus movimentos ficaram mais amplos e comecei a tomar consciência de que podia fazer
coisas que ainda nunca tinha feito, comecei a perceber o meu corpo.” (Juraci)

Ao dançar sentem prazer, vive uma ludicidade, um jogo.
Tango
Para Langer a dança cria um jogo de forças aliado à ilusão de poder corporal, físico, espacial, temporal, ou seja, imagem virtual de um mundo diferente, Langer (1980, p 205-206) cita : “o jogo de poderes virtuais manifesta-se nos movimentos de personagens ilusórias, cujos gestos apaixonados preenchem o mundo que criam...”
Sentindo uma sensação de liberdade pois Langer diz:
...a sensação de libertar-se da gravidade...é um efeito direto e potente do gesto ritmado, realçado pela postura distendida que não se reduz as superfícies de fricção do pé, mas também restringe todos os movimentos corporais e naturais...” (Langer, 1980, p212).
Fazendo parte de suas vidas

A dança é vida para mim” (Cristófona)

Vimos a natação fazendo parte da vida de Marly umas das entrevistas, fica claro a importância da natação em sua vida e a importância que nosso documentário tem pra ela.
"Se nós alcançarmos cinco ou seis alunos de cada curso, isso será um ganho para nós, pois até pouco tempo não tinhamos nada."(Marly)



Referências:
Revista Humanidades Fortaleza, v. 17, n. 1, p 59-73, jan/jul 2002
Dantas, Monica, Dança, o enigma do movimento, Ed Universidade, UFRSS, 1999.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Corporeidade

A corporeidade constitui-se das dimensões: física (estrutura orgânica biofísica-motora organizadora de todas as dimensões humanas); emocional-afetiva (instinto, pulsão-afeto); mental espiritual (cognição, razão, pensamento, ideia, consciência) e a sócio-histórico cultural (valores, hábitos).


É uma complexidade de articulações do universo físico, vida e social.
É importante perceber os nossos sentidos.
Pois como diz João Batista Freire “a escola deveria ensinar as pessoas a perceber seus próprios sentidos".

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

FILME-ENTRE OS MUROS DA ESCOLA





Trata-se de um professor que é o Françóis Marin, ele começa dar aula num escola pública da periferia da França.
Ao entrar na sala de aula encontra alunos apreensivos e complicados.
È uma escola onde há racismo, sexismo e preconceito de etnias.
Esses alunos apresentam resistência nas aulas, e o professor luta com a resistência desses alunos de uma certa forma.
Percebe-se isso quando pede para o aluno Souleymane falar sobre seu autorretrato e ele se nega, falando que não quer falar sobre si e que não tem nada pra falar.
Umas das alunas fala que não tem nada de interessante pra falar de si, e que também não iria falar pra um professor, ele questiona e fala que é pra vê-lo como ser humano a menina fala que não dá pois é seu trabalho.
O professor é interessado em ajudar seus alunos, no entanto fala com a mãe e irmão do aluno Souleymane e a mãe não acredita nas atitudes de seu filho.
O professor não se deixa abater pelas atitudes dos alunos e a sala vira uma guerra, ele pede pra aluna pedir desculpa por ser insolente.

Fica claro que nós profissionais de educação física vamos nos deparar com várias situações parecidas como essas, e que basta termos consciência de como resolve-las, mantendo não só o profissional mas a sensibilidade do ser humano.

Skate



Foi criado quando reinava o surf, no princípio dos anos 60 na Califórnia. Numa época de marés baixas e seca na região e inicialmente o esporte foi chamado de side walk surf.
Os Skates não possuíam nose nem tail, era apenas uma tábua e quatro rodinhas. Devido muitos jovens adotarem o esporte deram o nome de skate.
Em 1965 começou a ser fabricado os primeiros skates.
Na época os skatistas adotaram a modalidade “freestyle”.
Com o novo design de rodas de rodas surgiram algumas manobas: 3605, Han Deltans, One e Two Foot Nose, Tail Wheelies and Hellies.
Com isso começaram as surgir as primeiras competições. O primeiro foi Campeonato Internacional de 1965 cujos finalistas eram: John Freezer, irmãs Bave e Staite, Skip Feye, torger Johnson, Bruce Logan, Bob Mohr e Wielie Phillips. E o vencedor foi John Freeze.


História do skate, o esporte no Brasil

Por volta dos anos 60 o esporte chegou no Brasil. O primeiro campeonato foi no Clube Federal Rio de Janeiro no final de 1974, e em outubro de 1975 foi realizado no Quinta da Boa Vista (Rio de Janeiro) o primeiro grande campeonato.
Em 1974 no mês de dezembro foi inaugurada a primeira pista de skate da América Latina.
No ano de 1976, em Nova Iguaçu apareceu as primeiras skates parks.
Depois teve um declínio do skate e nos anos 80 volta com força o free style.

Referência:
Http:// www.skoitos,lateboards.com.br/skate/historiadoskate.asp

sábado, 4 de dezembro de 2010

Recreação Aquática: o prazer de brincar e jogar na água. “A água é um elemento fascinante, que deixa as bobas, chama-as para o lúdico e as torna infantis, capazes de qualquer brincadeira à beira mar. É raro um não gostar de água, e esse gosto é considerado pelo adulto que pode experimentar uma sensação de liberdade, relaxamento e união com água.” (Satto).



O homem no meio aquático permite explorar ludicamente uma prática corporal, resultando em prazer e satisfação.
As piscinas até 1980 era quase feitas para prática de natação e pólo aquático.
Atividades aquática geram prazer ao ser humano.
A recreação aquática também serve pra desenvolvimento físico e apresenta ludicidade.

O recreador deverá adequar as atividades ao ambiente aquático se atentando a:

  1. Adaptação do jogo com relação a faixa etária;
  2. A profundidade da piscina referente ao deslocamento;
  3. Verificar referente a segurança como piso escorregadio;
  4. Ter conhecimento básico em primeiros socorros;
  5. Atenção e segurança são palavras chaves do profissional aquático;
  6. Dividir as equipes de forma homogênea mantendo equilibradas;
  7. Conhecer as regras dos jogos de forma precisa;
  8. Explicações breves e objetivas.

Exemplo de duas atividades aquáticas:
Jogo do bob esponja
Objetivo: adaptação ao meio líquido e desenvolvimento da coordenação motora global.
Matérias: Esponjas e duas tigelas.
O grupo é dividido em duas equipes, em colunas. O primeiro jogador deverá estar com uma esponja na mão, posicionando de frente à uma tigela que estará na borda da piscina. O sinal do professor, o jogador levará a esponja molhada até a tigela, apertando-a e desejando toda a águam contida. Passa-se a esponja para o próximo jogador e assim sucessivamente.

Moedas aquáticas
Objetivo: Despertar o raciocínio lógico. Desenvolvendo a respiração submersa e mergulho.
Materiais: Moedas de diferentes valores e óculos de natação.
O grupo é dividido em duas equipes. As mesmas estão fora da piscina. O recreador lançará maior soma de valores. No sinal, o primeiro jogador deverá mergulhar e buscar a maior soma de valores das moedas em 45 segundos. Ao final de cada jogador faz-se uma contagem dos valores e lança novamente as à piscina.
Todos os jogadores passarão por essa fase. E no final da à somatória em dinheiro de cada equipe, sendo vencedora a quem contém mais valor.

Jogos cooperativos
Os jogos cooperativos são jogos de despertar a coragem pra assumir riscos, tendo pouca preocupação com o fracasso e o sucesso de si mesmo.
Algumas Atividades:
Marco Polo
É para crianças de 5 anos até adulto.
O professor cobre a lente do óculos de natação com fita isolante preta. Escolhe um aluno pra ser o pegador, coloca o óculos e pra saber onde está os outros o pegador tem que perguntar MARCO e os outros respondem POLO. Ele nada até pegar alguém e tranfere o óculos pra quem for pego.
Mãe da rua
Um aluno é escolhido pra ficar fora da piscina, na largura, os demais, dentro da água, no comprimento, próximos a parede, metade de cada lado.
O professor dá o sinal e o aluno que esta fora da água, mergulha e todos os demais deverão trocar de lado, primeiro a ser pego será o pegador 

Referência
www.aquabrasil.info/recreacao.shtml

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

LAZER


Classificação das atividades de lazer
Atividades esportivas: aquele praticado com regras
Atividades recreativas : exercido livremente
Atividade cultural : centrado em artes e no conhecimento.
A cultura italiana nomeou como sendo o lazer o ato de fazer alguma coisa de doce far niente.

Praticar, assistir, estudar
Em todas as áreas culturais do lazer são, possíveis três atitudes : praticar, sob a forma de lazer, assistir ou estudar o assunto.
Normalmente o que se observa é a combinação de duas atitudes, assistência e estudo, é raro as três juntas.
Inclui as caminhadas, ginásticas, esporte e atividades correlatas, executada de maneira formal ou informal, em espaços tecnicamente planejados, como pistas, academias, estádios, ou técnicos, como ruas, residências, terrenos baldios, praias.


  • Atividades manuais de lazer
Atividades ligadas ao prazer de manipular, explorar e transformar a natureza.
São exemplos de atividade manual de lazer : desde lavar o automóvel no fim de semana onde o prazer da manipulação de água envolve ludicamente pais, filhos e vizinho, como o crochê, o tricô, e consertar e desmontar – para – consertar – de – novo engenhocas e aparelhos domésticos.
As mãos são fonte de expressão não apenas gestual como prática, de transformação de coisas.
  • Atividades artísticas de lazer
É a pratica e assistência de todas as formas de cultura erudita, conceituadas como como arte, tais como cinema, teatro, literatura, artes plásticas etc. Essas atividades não fazem parte do universo cultural da população.
A decoração da casa, as roupas, a maquiagem e festas são consideradas atividades artísticas.
Para as crianças, adultos e idosos, de ambos os sexos, a festa e o exercício pleno do imaginário. Pois todos são atores e entram num faz – de – conta, vestem roupas especiais, quando não a fantasia pura e simples.
  • Atividades intelectuais de lazer
Tudo na vida é fonte de conhecimento, de informação, de aprendizagem.
Dumazedier diz que, enquanto a arte informa por encantamento, a ciência, a principal fonte de satisfação dos interesses intelectuais no lazer, informa por desencantamento.
Em busca de uma informação num livro, num jornal, pode até mesmo provocar uma emoção forte nas pessoas, mas dirige-se a basicamente a satisfação da curiosidade de desejo sincero de saber algo sobre o assunto.
  • Atividades Associativas de lazer
Vão desde as formas de semi lazer doméstico, como jogos e passeios com filhos, visitas a parentes e amigos, até a frequência a associações e movimentos culturais.
A vida social no lazer pode assumir uma outra feição, cada vez mais frequente nas grandes cidades, a da busca da privacidade.
  • Atividades turísticas de lazer
È o que provoca mais ansiedade nas pessoas, conhecer novos lugares, novas formas de vida, pode num curto período alterar a rotina cotidiana utilizando o tempo nobre de férias e fim de semana.
O lazer turístico busca paisagens do sol, céu e água, ritmos opostos à rigidez do tempo de trabalho urbano e um estilo requintado.



A educação através do lazer
Uma pesquisa internacional, realizada em 1979 e 1980, pelo Instituto Gallep, em diferentes países do Ocidente e do Oriente, mostrou que, nos países Ocidentais, a maioria dos jovens confia no tempo livre, mais do que no tempo de trabalho, como campo de realização pessoal. Ao ingressar no mercado de trabalho os jovens hoje, sabem que o emprego será dificilmente uma oportunidade de criatividade, de enriquecimento da personalidade. Então deverá ser buscada nas ações cotidianas como um filme, uma peça de teatro, uma viagem, um curso.
Essa situação demonstra o peso do lazer no desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos e a atenção necessária dos educadores para que a posição entre lazer e trabalho não seja uma fonte de desajuste do indivíduo consigo mesmo e com as sociedade.

Referência:
Camargo, Luiz O Lima 1947, O que é lazer, Ed brasilense, São Paulo, 2003

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Nadar durante a gravidez




A natação pode ser realizada nos dias mais próximos do parto. Se exercitando na água a gestante se sentirá segura, e estará evitando o risco de queda e impactos.
Os exercícios diminuem os efeitos de alguns transtornos e beneficiam também o bebê com melhor nutrição e oxigenação movimentar-se ajuda na preparação para o parto.
  • Recomendações para trabalhar com gestantes:
  • Evitar alto impacto, mudanças de direção e exercícios muito longo.
  • Trabalhar o alongamento sem chegar no limite de resistência.
  • Evitar elevações de perna à frente e ao lado repetitivamente extensões.
  • Evitar flexões e articulares.
  • Checar o pulso da gestante cada 5 minutos,durante atividade cardio vascular.
  • Ensinar forma correta de entrar e sair da água.
  • Evitar exercícios com muita amplitude articular (respeitando limite).
  • As aulas podem ocorrer a partir do 3° mês de gestação, 2 vezes por semana cerca de 30 e 45 minutos e pode ser até à véspera do parto.
  • Vantagens
  • O corpo pesado na água é reduzido.
  • A liberdade durante a flutuação.
  • Ajuda a aumentar a amplitude dos movimentos.
  • Produz menor incidência de varizes, um melhor controle maior sobre a frequência cardíaca materna é fetal, controle de postura.
  • Desvantagens
  • Dificuldade na fixação e isolamento dos movimentos.
  • Ansiedade de pessoas com medo de água.
  • Repetidas saídas da piscinas em função do aumento da diurese.
  • Divisão das aulas
  • Aquecimento
Trabalhar observando frequência cardíaca de 5 a 10 minutos de duração. Tem como objetivo preparar os músculos e o sistema cardio – respiratório, trabalhando devagar no relaxamento e alongamento dos músculos, elevando um pouco o ritmo cardíaco e movendo lentamento as articulações.
  • Aulas
  • Parte principal – Segmento aeróbico da série, com movimentos ativos na água e duração 20 minutos. 5 categorias. Exercícios de respiração, exercícios para parte superior, parte mediana, parte inferior e todo o corpo – eleva batimento cardíaco.
  • Volta a calma – 5 minutos de alongamento leve, reduz batimento cardíaco.
  • Programa : sabem nadar 40 minutos.
  • Nado crawl Desenvolver a resistência cardiorrespiratória e coordenação entre os movimentos e respiração. Fortalece braços, cintura, beneficia resistência. Parte superior.
  • Nado peito Rotação medial do joelho, afrouxamento nos ligamentos. E para tonificação e o alongamento das pernas, bem estrar do feto e da mãe, gestação segura.
  • Nado costas Descansar coluna, compensar a sobre a carga que o peso do abdomem exece sobre a coluna. Fortalecimento do abdomem. Promovem boa postura.
  • Golfinho força o quadril, não pode.
  • Programa aquático
1°) trimestre – 5° semana de gestação, melhorar o condicionamento, tonifica os músculos, fortalecimento dos músculos dorsais e abdominais.
2°) trimestre – Melhorar condicionamento e o nível de habilidade.
3°)trimestre – Resistência e flexibilidade, exercício de respiração.

Resultados
  • Fortalecimento da boa evolução da gravidez.
  • Atuação da circulação sanguina.
  • Melhora da oxigenação.
  • Melhor equilíbrio nervoso.
  • Melhor postura.
  • Suportar peso do corpo.
  • Boa disposição.


    Bibliografia:

    PROF: MARIA CECÍLIA BONACELLI. HISTÓRICO: l Século III antes de Cristo
    doutorada em educação fìsica pela Unicamp.

    http://www.efdeportes.com/Revista Digita - Buenos Aires – Ano 14 – N° 131 – Abril de 2009.

O corpo em questão Uma questão filosófica



A sociedade que idolatra o corpo, diviniza a saúde, mata – assassina o mesmo corpo.
Os meios de comunicação divulgam lugares ou atividades para se cuidar do corpo.
Ser da classe superior ou da classe popular representa muita diferença no aspecto do corpo.
Boltanski(1979:171) fala que cresce a frequência da pratica de um esporte quando passa da classe popular para a classe superior.
Tudo isso está ligado a consciência pois Boltanski (1979:171) cita: “a medida que se descresce a parte relativa da força corporal no conjunto de fatores de produção, o corpo torna-se a ocasião ou pretexto para uma quantidade sempre crescente de consumos.




O corpo afirmado
Fica evidente o cuidado com a pele na procura pelos esportes, sauna, clinicas de beleza, ginástica, danças etc.
Os meios de comunicação divulgam lugares ou atividades para se cuidar do corpo.
Ser da classe superior ou da classe popular representa muita diferença no aspecto do corpo.
Boltanski(1979:171) fala que cresce a frequência da prática de um esporte quando passa da classe popular para classe superior.
Tudo isso esta ligado à consciência pois Boltanski(1979:171) cita: “a medida que se descresse a parte relativa da força corporal no conjunto de fatores de produção, o corpo torna-se a ocasião do pretexto para uma quantidade sempre crescente de consumos”.






Maurice Merleau Ponty(1808-1961) faz uma crítica a René Descartes(1956-1950) em questão do corpo.
Descartes coloca o corpo sendo
uma máquina que caminha por si, cujo funcionamento podia ser estudado parte por parte, peça por peça.
Merleau Ponty(1979:105) diz que o corpo não é uma coisa nem um objeto, mas é carregado de ambiguidade, de uma confusão, nós somos um corpo e dele não podemos separar a nossa consciência, pois ela está nele confusa, assim como o corpo está ambiguamente confundido com o mundo o corpo não é o em-si (máquina) e separado do para-si (consciência), porque a consciência se projeta no mundo físico e tem um corpo, assim como se projeta no mundo cultural e têm hábitos.
Há uma intimidade entre consciência e corpo, que o corpo não se distingue da consciência, é um “percipiente – percebido”, um “vidente – vísivel”, que não está no espaço e no tempo, isto é, que não pode ser colocado aqui ou ali, separado de nós, mas nele estamos aqui ou ali, fomos e somos e conhecemos nesta confusão tempo e espaço.
O corpo é sustentáculo do mundo e só temos consciência do mundo devido ao corpo (Merleau Ponty, 1979:109). Portanto corpo e consciência separados não existem, estamos instalados no mundo corporalmente e o sentido da confusão é: ambiguidade do ser no mundo se traduz na ambiguidade do corpo.

O corpo negado
O valor sobre o corpo é bem aproveitado e adaptado pelo consumismo da sociedade, organizada para cumprir a lógica do lucro: produzir mais para consumir mais, tendo mais lucro (Marcuse, 1973:29-31).
Por tráz do culto do corpo, acaba de acelerar todo processo de consumismo, que vai da indústria, passa pela estética, até chegar à indústria de esportes e acessórios (Asmann e Hinkelammert, 1979, 291-300).
O capital produz o corpo, não somente a sociedade nas suas relações, mas na individualidade de cada membro dessa coletividade.
Os trabalhadores são excluídos da categoria consumidora do corpo, pois o papel de seu corpo é produzir. Lima Junior fala: “o dia a dia opressivo é o conjunto de coisas e símbolos, entre si, relacionado, dentro de um modo específico de organização do fazer, do crer e do sentir onde o corpo é negado. (1988: 31).
Resumindo as camadas populares neste culto ao corpo, estão sendo golpeadas pois elas não cabem dentro dos padrões da racionalidade burguesa da estética e saúde, pois são magrelos ou obesos porém seus corpos servem para produzir somente diz (Alves, 1982. PP. 53-71).
Os lavradores lutam pela conquista de terra, estão lutando pelos seus corpos, uma dimensão coletiva do corpo. O operário que dizia SIM, e começou a dizer NÃO, esse NÃO significa pedido de reconhecimento de ser outro, de que o corpo não é máquina, sim coletividade.
As lutas populares exigem gratuidade, criatividade e buscam construção do novo.
A luta por assumir a história como espaço da procura e construção de libertação, a luta encontra exploração e a espoliação, coloca-nos em relação a natureza e o mundo como construção nossa.
Para Rubem Alves, a luta pela vida do corpo passa pela transformação da sociedade. Assim diz: “não podemos nos esquecer de que o corpo do homem, como sugerimos atrás, é um corpo social. Esta é a razão porque não pode haver uma esperança de ressurreição do corpo sem a transformação da sociedade”. (Alves, 1980:180).

 

Merleau Ponty diz o gozo gostoso pela vida e consciência corporificada, corpo conscientizado e que tomamos o corpo como máquina quando ele também é afetividade e ternura (1979;23)


eferência:
Trasferetti, José, Revista Humanidades Fortaleza, v. 17, n. 1, p 59-73, jan/jul 2002

Filme – Vem dançar







O filme fala da hístória de um professor com costumes diferentes, da aula de dança de salão pra uma classe social diferente, que resolve dar aula de dança de salão pra alunos de uma escola da periferia, alunos que dançam hip hop.
Quando dançam hip hop, com prazer, espontaneamente e gosta de dançar é o momento lúdico.
O dia – a – dia é uma luta para cada um deles. O professor luta com a diretora e a classe burguesa para dar aula aos alunos pobres. Rubens Alves diz : “a luta pela vida do corpo, passa pela transformação da sociedade” (Alves 1984).





Vimos o esporte quando as aulas passam a ser competitivo e interesse econômico, com lei e regras estabelecidas pelo professor.
A cultura dos corpos com a dança se refere ao jeito de se vestir, movimentos e postura, vimos os dois lados. Um jeito de quem dança hip hop e outro dança de salão, hip hop para os alunos pobres e dança de salão praticados pela burguesia. Ou seja, são corpos se projetando no mundo devido a consciência que gera hábitos culturais.






Quando dançam reinventam movimentos, tempo e espaço, formando – se em personagens.
Vimos o fair play quando a campeã entrega o troféu ao trio, falando que houve empate, ela reconhece que eles se apresentaram bem.
A dança hip hop com a dança de salão é o corpo transfigurando – se em formas.
Eles dançam se libertando da inércia.
É possível implantar o hip hop, a dança de salão na escola nas aulas de Educação Física, pois Educação Física trata da cultura corporal.

Referências
Huyizinga, Johan Homo Ludins, Ed. Perspectiva, SP, 2004 5° Ed
Santos, Antônio Roberto Rocha, Espírito Esportivo – Fair Play, e a pratica de esporte.
Barband, Valdir, O que é esporte, Escola de Educação Física da USP.
Trasteretti, José, O corpo em questão uma aproximação filosófica Rev. Humanidades, Fortaleza V. 17, n 1, p 59-73 Jan/ Jul 2002
Dantas, Mônica Dança,, enigma do movimento ED UFRSS 1999
Sborquia, Sílvia, D Gallardo, Jorge S. Pérez, A dança no contexto da Educação Física, Urujuí, 2006

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ritos corporais entre os Nacirema

Trata-se de um grupo de norte-americanos, que vive no território entre os Cree do Canadá, os Yaqui e Tarahumaré do México e os Carib e Arauak das Antilhas. Pela mitologia dos Nacirema, quem deu origem a Nação foi um herói cultural, Notgnihsaw, conhecido pelas atitudes de força: ter tirado um colar de conchas, usado pelos Nacirema com o dinheiro e ter derrubado uma cerejeira na qual morava o Espírito da verdade.
O foco das atividades econômicas é o corpo humano pois o costume desse povo é o interesse pela aparência e saúde.
A crença fundamental é de que o corpo é repugnante e sua tendência natural é debilidade e a doença. A esperança deles são rituais e cerimoniais.
Cada família possui um santuário, e as cerimônias para os rituais são privadas e secretas.
No santuário tem um cofre que guardado poções mágicas, usado para encantamento necessario, preparado por médicos feiticeiros e pelos ervatários.
Os Nacirema após encamtamento coloca numa caixa de encantamento do santuário doméstico.
Todos os dias cada membro da família um após o outro, entra no santuário, inclinando sua fonte, na caixa de encantamento, com diferentes de tipos de água sagrada na pia batismal e começam a se lavar.
Os Nacirema acreditam que senão fossem os rituais bucais, seus dentes cairiam, suas gengivas sangragriam, sua mandíbulas se contrariam, seus amigos o abandonariam, e seu namorados o rejeitariam.
Além do ritual bucal que é feito com cerdas de porco, poções mágicas e gestos formalizados, tem o sacerdote-da-boca que abre a boca do cliente usando brocas, furadores, sondas ou agulhões, para exorcismo dos demônios bucais e pra cliente atrair amigos.
No rito corporal que desempenhado apenas homens, é raspar e lacerar a superfície da pele com um instrumento afiado, e ritos femininos, as mulheres usam na cabeça pequenos fornos em uma hora.
Os médicos-feiticeiros tem um templo, o latipso, cujas cerimônias são para os mais doentes, que só pode ser tratado nesse templo.
Quem entra no templo são despidos, o homem fica nú e com ajuda de uma mulher virgem, executa suas funções naturais em recipiente sagrado para ser observado o curso da natureza da enfermidade. A mulher fica nua e é examinada minunciosamente.
O outro profissional é o ouvinte ou seja, doutor bruxo, que exorciza os demônios que se alojam nas cabeças das pessoas enfeitiçadas. Os pacientes contam ao ouvinte-bruxo, seus problemas e temores.

Bibliografia
Miner, Horace. Ritos corporais entre os Nacirema. In a K. Roney e P. L. Dl Vore, Readings in introductory anthoprology. Cambrig, Wnthrop Publishers, 1973, p 72-76
Trabalho apresentado como requisito parcial para composição do conceito para disciplina Filosofia da Educação e do Esporte, ministrada pelo professor André Luís de Oliveira.

Esse texto nada mais é a visão do autor sobre o mundo, Nacirema na ordem inversa, significa american, é a cultura do povo norte americano com relação ao corpo.
A pia batismal é a pia do banheiro, as poções mágicas são cremes e remédios, o santuário é o banheiro, o ritual bucal nada mais é a escovação dos dentes, o homem que lacera a superfície da face é fazendo a barba e a mulher com fornos na cabeça é cuidando do cabelo.
O templo é o hospital é o hospital pra cuidar de doenças e o sacerdote-bucal é o dentista que cuida dos dentes.
Esse autor faz com o texto um crítica a cultura do povo americano, pois pra ele, a sociedade só pensa um cuidar da beleza e saúde do corpo.

sábado, 20 de novembro de 2010

LE PARKOUR



 
















Le Parkour é uma disciplina de origem francesa, um percurso com obstáculos que deve ser percorrido o mais rápido e direto possível, utilizando diversas técnicas como saltos, rolamentos e escaladas.
Parkour du combatant que significa percurso dos combatentes, teve origem por métodos naturais de treinos através de 3 pessoas:
George Hebert: responsável pelos métodos naturais;
Raymondo Belle: responsável pelos ensinamentos, passou para seus filhos;
David Belle: responsável pela adaptação do combatente e apelidou de parkour


Referências:
www.parkour.pt/site/.../parkour/pt_le_parkour.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Parkour

A dança é o corpo transfigurando-se em formas


Dança insraelense

Para Hanna (1997), a dança é um comportamento humano constituído a partir de sequências de movimentos e gestos corporais diferenciados de atividades motoras usuais. Os movimentos e gestos são culturalmente organizados.
Pois a sociedade produz o corpo culturalmente conforme Heisborn (1997) fala que o corpo é produzido pelo efeito da cultura, e segundo Rodrigues (1983) o corpo é socialmente construído.
A sociedade produz sobre o corpo com técnicas corporais: posturas, movimentos. Técnicas esportivas e etc.

Hanna (1997, p 222) diz que os movimentos comuns podem ser transformados em figuras de dança, como a caminhada ao ser colocado num coreografia.
Para Langer (1980, p189) os movimentos dos bailarinos são movimentos reais, mas são gestos virtuais porque parecem brotar do sentimento, quando brotam de uma concepção de sentimento.
Ao dançar, os homens e mulheres não apenas reinventam movimento, tempo e espaço, mas transforma-se em personagens, pois a dança cria um jogo de forças, torna visível no corpo e nos movimentos todo um universo de ações e significados diversos do cotidiano.
Ou seja, a ludicidade e o jogo fica explicito na dança, pois o jogo se baseia na manipulação de certas imagens, uma certa imaginação da realidade, há transformação desta imagem (Huizinga 2004).
Para Langer a dança cria um jogo de forças aliado à ilusão de poder corporal, físico, espacial, temporal, ou seja, imagem virtual de um mundo diferente, Langer (1980, p 205-206) cita : “o jogo de poderes virtuais manifesta-se nos movimentos de personagens ilusórias, cujos gestos apaixonados preenchem o mundo que criam...”

Pode-se observar a ciência na dança pois Langer (1980) fala que o ritmo transforma o movimento em gestos, liberando o dançarino dos vínculos usuais da gravitação e da inércia muscular.
Bolero, 1982
Balé da Cidade de São Paulo
Coreografia:Lia Robatto
Bailarinas:Mônica Mion, Leila Sanches
“...a sensação de libertar-se da gravidade...é um efeito direto e potente do gesto ritmado, realçado pela postura distendida que não se reduz as superfícies de fricção do pé, mas também restringe todos os movimentos corporais e naturais...” (Langer, 1980, p212).
O espírito tem soberania sobre o corpo, que deve ser subordinado àquele, porém com a experiência extática toma conta do indivíduo, o espírito já não tem mais controle dos movimentos, nem o controle do corpo. Então a experiência une o corpo e espírito, há uma união de corpo e conxciência. Pois a dança nada mais é a consciência se projetando no mundo físico e tem o corpo, assim como se projeta no mundo cultural e tem hábitos (Merleau Ponty, 1979, p 197).
Para Langer (1980) a dança é arte, pois o dançarino deve criar novas sensações ao espectador.
A dança é muito mais do que arte.
Para Sachs (1944) a dança é todo movimento rítmico desvinculado do tema trabalho, ou seja, trata-se de: a) recreação de coisas vistas ou ouvidas; b) dar forma e substâncias e percepções intangíveis e irracionais e c) um processo criativo que ocorre a partir do esquecimento de si próprio, podendo ser chamado de arte.
Para Badiou (citado por Bruni< 1992) o formar é uma atividade e uma das especificidades do comportamento humano.
A atividade física pressupõe um formar preocupado especificamente com o próprio formar, em arte, é fazer, inventando, procedendo por ensaio, tentativa de erro.
Aula de Ballet clássico
Porém para uma melhor coreografia sem erros, há uma característica de alto rendimento, pois ensaia-se com regras, leis e orientação Bracht (1997).
Há luta do corpo em fazer corretamente a técnica da dança.
Se forma em dança é configuração da matéria, no processo de configuração da matéria da dança-o movimento corporal-quem dança transforma o seu próprio corpo, se molda e remodela. Quando o corpo se manifesta no corpo, a todo momento, se transforma esse corpo, tornando vários corpos que se sucedem..
Pode-se concluir que a dança na Educação Física é quando o objetivo é inter-relação entre ciência e arte.
O ser humano é uma expressão de cultura.
Ao refletirmos sobre cultura corporal é uma linguagem.
E a Educação Física trata-se do conhecimento da cultura corporal. Daólio afirma que a cultura é o principal conceito para a Educação Física, uma vez que todas a manifestações corporais do homem (esporte, luta, dança, gínástica, jogo e etc) são geradas no meio da cultura se manifestam diferentemente no contexto de grupos e culturas especificas.

Referências:
Dantas, Monica, Dança, o enigma do movimento, Ed Universidade, UFRSS, 1999.
Pain, Maria Cristina Chimento, Corpos em metamorfose: um olhar na história e novas configurações de corpos na atualidade, Revista Digital, Buenos Aires, ano 10, n 79, dezembro de 2004, www.efdeportes.com.
Huizinga, Johan, Homo Ludens, Ed Perspectiva, São Paulo, 2004,
Trasferretti, José, O corpo em questão: uma aproximação filosófica, Revista Humanidades, Fortaleza,v17, n 1, p 59-73, janeiro e julho de 2002.
Lucena, Ricardo, Esporte na escola e esporte de rendimento, Rev Movimento, ano VI, n 12, 2000/01.
Sborquia, Silvia P, Gallardo, Jorge S. Pérez, A dança no contexto da Educação Física, Ed Unijuí, 2006.